Lâmpadas e luminárias aplicadas de forma adequada podem transformar e valorizar a área externa
Hoje a dica é sobre planejamento de iluminação de jardins, veja as dicas de alguns Lightigs designers
abaixo:
Conceitual, objetiva, cênica, dramática... A iluminação do jardim
pode seguir os mais diferentes estilos. E faz toda a diferença para a
beleza da casa quando o sol se recolhe para seu descanso diário,
deixando para as lâmpadas e luminárias toda a responsabilidade de
destacar os detalhes do projeto paisagístico. Não há regras fixas para o
planejamento luminotécnico, mas seguindo algumas dicas é possível
valorizar ainda mais a área externa da casa.
“O projeto de iluminação é saber o que não iluminar”, garante a arquiteta e lighting designer Silvia Dighero.
Segundo a profissional, antes de dar início à iluminação do jardim, é
preciso compreender quais são os principais objetivos com o projeto.
“Luz traz segurança, movimento, hierarquia, forma... Tudo se pode fazer
com luz hoje em dia, tanto para fins decorativos quanto funcionais,
dependendo do que se quer iluminar”, explica. Além disso, para escolher
os materiais que serão utilizados, deve-se conhecer os tipos de plantas
que compõem o espaço, suas características e composições.
A escolha das lâmpadas
Elemento central do
projeto luminotécnico, a lâmpada precisa ter atenção especial. Silvia
orienta que se deve analisar o índice de reprodução de cor (IRC), a
temperatura da cor (K) – que pode ser branca quente (2700k a 3000k) ou
branca fria (4000k a 6000k), o fluxo luminoso, a rentabilidade e os
efeitos de radiação. Por sua longa vida útil, economia e baixo
aquecimento, a tecnologia LED é uma excelente opção para iluminação de
jardins, conforme comenta Silvia.
A lighting designer Silvia Dighero observa
uma tendência de utilização de materiais recicláveis para a iluminação
de áreas externas. No projeto acima, desenvolvido para a CasaCor RS
2011, a profissional construiu luminárias a partir de galhos de árvores.
Foram aplicadas pantalhas de tecido e LEDs na base
A
lighting designer cita, ainda, a fibra ótica como alternativa
para iluminação. “Um condutor de luz que se ramifica em vários pontos,
através de uma única ou mais fontes de luz, conforme a demanda do
projeto”, esclarece. Assim como as lâmpadas de LED, a fibra ótica não
transmite altas temperaturas às plantas, preservando-as. Além disso,
segundo a profissional, esse tipo de sistema tem outra vantagem: a
segurança. Isso porque não há transmissão de energia elétrica, e os
terminais não provocam choques ou queimaduras.
Projeto de Silvia Dighero na CasaCor RS 2011
O
lighting designer Felipe Marcili, da
Lâmpadas Golden,
diz que as halógenas também são bastante utilizadas em projetos pelo
seu elevado índice de reprodução de cor, mas possuem uma desvantagem:
são quentes e transmitem calor à vegetação, cujas folhas podem ser
ressecadas, o que não acontece com o LED. “Uma grande vantagem do LED é
que não emite radiação infravermelha nem ultravioleta, logo valoriza a
beleza da planta sem prejudicá-la”, diz.
Aplicação de fibra ótica. Projeto de Silvia Dighero
Marcili explica, ainda, que o clima que se deseja dar ao espaço pode ser
influenciado diretamente pela temperatura de cor da lâmpada ou sua cor.
Temperaturas de cor mais baixas, por exemplo, transmitem um ar mais
sofisticado. “A determinação da cor ou temperatura de cor na iluminação
externa depende da necessidade e objetivos que se pretende alcançar”,
orienta. Caso o objetivo seja dar destaque, a luz branca é muito
indicada.
Onde fazer as instalações?Marcili explica que a
escolha do tipo de luminárias dependerá do efeito desejado. Se quisermos
o efeito de sombra e vultos, também conhecido como
backlight
ou efeito selva, o recomendado é colocar luminárias entre a vegetação.
“Já para iluminar todo o jardim de forma uniforme, a iluminação geral
pode ser feita com a instalação de postes e refletores”, diz.
Agora, se você quiser dar destaque a arbustos, esculturas ou qualquer
outro objeto, a iluminação de destaque é obtida através de luminárias
com facho direcionado ou embutidas no solo. Já a técnica
up light
é recomendada para valorizar uma árvore e, através de uma luminária
embutida no solo, permite iluminar o tronco e a copa debaixo pra cima.
“Para proporcionar segurança contra acidentes no jardim, a iluminação de
balizamento em passagens e escadas costumam ser feitas através de
minipostes ou embutidas no solo ou nos degraus”, complementa.
Projeto de Felipe Marcili
Colorido com parcimôniaÉ fundamental observar o uso
das cores. Conforme orienta Silvia Dighero, é preciso cuidado para não
gerar saturação e fadiga. “O importante numa iluminação em jardim é
transmitir a cor da natureza de maneira simples”, justifica. A
lighting designer
diz não gostar muito da luz verde como elemento principal e de
destaque, por exemplo. “Deve-se ter cautela para não deixar
monocromático e sem contrastes”, afirma. “Luzes verdes devem dar
destaque à copa de árvores ou à vegetação”, comenta o
lighting designer Felipe
Marcili. Silvia também destaca o seu gosto pela cor âmbar, que
transmite um efeito alaranjado. “Traz maior harmonia e aconchego”,
esclarece a profissional.
Projeto de Felipe Marcili
Cuidados com a rede elétricaSilvia destaca a
cautela com a parte elétrica como integrante imprescindível do projeto
luminotécnico. É importante cuidar o tipo de fiação que será utilizada,
que precisa estar adequada às cargas de cada circuito e à soma de
potencias que serão empregadas. Caso os fios não estejam bem protegidos,
acidentes com moradores e até animais de estimação podem acontecer.
Como prometido, está ai mais uma dica, espero que vocês tenham gostado.
Tchau!!